
A história da cannabis no Brasil remonta ao século XVI, quando a planta foi trazida por africanos escravizados. Utilizada tanto para fins medicinais quanto recreativos, seu uso era comum entre as classes mais baixas da sociedade. Inicialmente vista como uma planta com propriedades terapêuticas, a maconha passou a ser associada à marginalidade no século XX, levando à sua criminalização.
A proibição oficial ocorreu em 1932, no contexto das políticas de controle de drogas que se espalhavam pelo mundo. Com o tempo, a maconha foi demonizada na mídia e em campanhas políticas, sendo associada ao crime, o que alimentou a repressão sobre seu uso e cultivo.
Porém, no início do século XXI, com o avanço das pesquisas científicas, o uso medicinal da cannabis começou a ser reconsiderado. Estudos passaram a mostrar seus benefícios para tratar condições como epilepsia, dor crônica e ansiedade. No Brasil, o movimento por sua legalização para fins medicinais tem ganhado força nos últimos anos, com pacientes obtendo autorização judicial para o cultivo caseiro, mediante Habeas Corpus.
A sociedade brasileira está vivendo um período de reavaliação dessa planta, que outrora foi marginalizada, mas que hoje ganha destaque como uma alternativa terapêutica eficaz. O cenário regulatório ainda é desafiador, mas o crescente número de pesquisas científicas e a mobilização social indicam que a percepção sobre a cannabis está mudando.
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